domingo, 27 de dezembro de 2009

“Uma resposta contra o racismo” Prof. Kabengele Munanga.(Revista Fórum. Leia e divulgue.)

Ao contrário do que apregoa a mídia conservadora brasileira o racismo é uma triste realidade que persiste na sociedade, principalmente entre a elite branca e proprietária. Uma das manifestações mais claras desta realidade pode-se verificar na questão das cotas nas Universidades que, volta e meia, é tema da imprensa e dos meios de comunicação, monopólios da elite branca, elitista e racista do Brasil.
Nestas ocasiões os “intelectuais orgânicos” das oligarquias midiáticas (seis familias brancas controlam os meios de comunicação no Brasil) são chamados para socorrê-los, a partir de argumentos “de autoridade” ciêntífica, que buscam justificar teoricamente o status quo da prática cotidiana de racismo que eles praticam contra os negros.
A elite branca e racista do Brasil só se relaciona com os negros no cotidiano doméstico, quando dá ordens para o trabalho de limpeza de suas “casas grandes”, ou quando dá ordens para os seus motoristas, ou quando manda “limpar melhor” a calçada. O fim dessa relação pode acontecer quando negros começarem a frequentar Universidades, até então “território sagrado” dos filhos dos brancos, proprietários e cidadãos e cidadãs “de bem”. Uma ameaça ao “mérito” do jovem que gabaritou a prova de medicina? Quem vai limpar a “casa grande” se agora os negros frequentam universidades?
São questões que incomodam a elite branca, proprietária e racista do Brasil. Essa realidade não é um problema biológico ou genético, é um problema político de reprodução da desigualdade que precisa urgentemente ser enfrentado com políticas afirmativas, que resgatem a dívida histórica do país para com a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras, negros e negras que construíram e constroem esse país.
A resposta do professor Kabengele Munanga aos absurdos do artigo do geógrafo Magnoli publicado no “Estadão” (porta-voz do que existe de mais atrasado na elite brasileira) é uma aula para todos e todas que lutam pelo fim do racismo que ainda impera no país.
Segundo o site da revista Fórum “Kabenguele foi chamado pelo geógrafo de “charlatão acadêmico” e um dos “ícones da racialização oficial do Brasil”, no artigo “Monstros Tristonhos”, publicado em 14 de maio, a propósito do cancelamento de matrículas pelas Universidades Federais de S. Carlos (SP) e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, de dois alunos mestiços que haviam optado pelas cotas raciais. Magnolli acusa as duas instituições de terem criado “tribunais raciais” e a Munanga de ser o inspirador dessa medida. Publicamos na íntegra a resposta do professor Kabengele Munanga, publicado no site da Revista Fórum. Leia e divulgue.
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