terça-feira, 29 de dezembro de 2009

“O Brasil é freqüentemente confundido com uma democracia racial porque o preconceito aqui aparece muitas vezes como um objeto invisível e o país não apresenta tensões abertas e conflitos permanentes”.

O Brasil é freqüentemente confundido com uma democracia racial porque o preconceito aqui aparece muitas vezes como um objeto invisível e o país não apresenta tensões abertas e conflitos permanentes (Fernandes, 1997: 21-26). Na aparente inconsistência das estatísticas, a quase totalidade dos brancos, quando entrevistada, afirma que não se julga racista, mas diz conhecer pessoas próximas que têm preconceitos. Da mesma forma, a maioria dos negros entrevistados nega ter sido vítima de discriminação, mas confirma  casos de racismo envolvendo familiares e conhecidos próximos. Neste sentido, racista e vítima de racismo, no Brasil, é sempre o outro (Schwarcz, 1998: 180-182).

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