domingo, 9 de novembro de 2008

REFLEXÃO - A VERDADEIRA HISTÓRIA

REFLEXÃO - A VERDADEIRA HISTÓRIA
“REFLEXÕES SOBRE O “ROTEIRO DO CAMINHO DE SÃO PAULO PARA MINAS GERAIS, E PARA O RIO DAS VELHAS”.Ainda que não venha dedicando grande tempo à pesquisa, em minhas andanças pelos sebos de São Paulo, sempre que posso vou colhendo material relacionado à História da origem de Piquete. No dia 24 de outubro de 2008, deparei com uma obra cujo titulo chamou atenção: (LEITE, Mário). A Região da Mantiqueira, Ensaio Descritivo. Lisboa-Portugal: Composto e Impresso Na Sociedade Industrial de Tipografia, Limitada, 1951, 1.º ed.Compulsando a obra deparei com algumas considerações no sentido da existência de um outro caminho além da garganta do Embaú, de acesso as Minas Gerais, como o caminho da Bahia, quando então afirma na p. 123 da obra adrede citada:“Ainda Orville Derby nos dá noticias de caminhos interiores da Mantiqueira, entre - ligados com os de acesso da Serra, vindos do Rio e de São Paulo. A descoberta de ouro nas cabeceiras dos afluentes dos rios Grandes, Doce e S. Francisco tinham criado vários centros de população interior, ligados com a estrada de Taubaté a Parati por uma estrada entre Guaratinguetá e São João d’El Rei, que atravessa sertão bruto”.Em seguida afirma o autor:“Essa estrada vem relatada na obra de Antonil intitulada “Cultura e Opulência do Brasil”, publicada em 1711, com o titulo “Roteiro do Caminho de São Paulo para as Minas Gerais e para os Rios das velhas e é descrita no volume XI DOS “Documentos Interessantes de Orville Derby”Estupefato ao passar os olhos pelo roteiro do caminho, parafraseando a professora Doli de Castro Ferreira, (que em documento importante de sua lavra afirma: “Se em 1828 o Bairro possuía essas referências, vinha de mais longe a sua origem”) Em conformidade com o tema então desenvolvido pela pequisadora quando da publicação de seu artigo (A Origem da Cidade de Piquete) em que sua observação deveu-se ao fato de existir documento de 1828, onde foi citado o Bairro Piquete o qual constituia-se de um pequeno povoado .A partir da mesma constatação no que tange ao roteiro de viajem citado, um documento de 1711, dando conta de uma localidade, situada entre o porto guaypacaré e o no pé da serra da Mantiqueira, fiz a mesma pergunta sendo levado a seguinte resposta, ; “um núcleo populacional solidificou com grande diversidade produtiva, trilhado por expedições rumo a Gerais “vinha de mais longe sua origem”“. Ou seja entre travessia do rio paraiba até o vale do Embaú, já existia um núcleo populacional em atividade, corespondente indiscutivelmente ao território em que esta contido Piquete, sendo esse o núcleo embrião de sua origem. Assim sendo decidi criar esse espaço para, a partir de então, buscar um aprofundamento em minhas pesquisas, ao mesmo tempo assumir a pretensão de contribuir com os abnegados conterrâneos dedicados a pesquisa sobre a origem de Piquete, como o saudoso Carlos Vieira, José Palmyro Masiero. Não podendo deixar de citar os atuantes e dedicados, Carlos Chaves e a já citada professora Doli de Castro Ferreira. Há vinte anos no exercício da advocacia,  hoje como funcionário público, no cargo de Defensor Público no Estado de Minas Gerais, mais uma vez, a circunstância me obriga a transformar o que era curiosidade em uma causa a ser defendida. Certamente pelas próprias circunstâncias não mais como nos tempos do GAM-Grupo Ambientalista Marins, ou propondo a Ação Popular, graças a qual o prédio da Estação Rodrigues Alves entregue a comunidade hoje, não foi descaracterizado, ou talvez destruído. Mas como legitimo representante, de uma comunidade afro-descentente que pelo roteiro do caminho já se fazia presente em 1711, como hoje,  se faz presente, contribuíndo para construção de uma História verdadeira. Chegou a hora “O QUILOMBO VAI FALAR” Até a próxima postagem.Sérgio dos Santos
Postado por SÉRGIO DOS SANTOS

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