quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carta de apreço aos pesquisadores de Paraty pelo rigor nas pesquisas e nas redações voltadas: “A HISTÓRIA DO CAMINHO DO OURO EM PARATY”


São Paulo, 27 de novembro de 2009. Prezados Senhores Meu nome é Sergio dos Santos, sou natural de Piquete São Paulo, terra do Jongo Caxambu. Faz muito tempo que venho lutando como um verdadeiro Don Quixote, em razão do Ultraje à Memória imposto, no que tange a relevância da Histórica de Piquete na formação socio-cultural do Brasil Colônia. Infelizmente, não obstante aos dados Históricos o núcleo correspondente a Piquete, foi simplesmente excluído da condição de trecho que se constitui Historicamente como original caminho do ouro. Entretanto, após encontrar o trabalho da Professora Doutora Andrée Mansy Diniz Silva, referente à sua tese de Doutorado defendida na Sorbone Paris, sobre a Obra de André João Antonil, passeia a não mais estar sozinho. A referida obra (confiscada pela Coroa Portuguesa em 1711) foi publicada na França, bem como em Lisboa e no Brasil pela EDUSP (Editora da Universidade de São Paulo) Em suas criticas e analise ao Roteiro do caminho da vila de São Paulo para as Minas Gerais e para o rio das Velhas pág. 256/259, nota 170, afirma a renomada Doutora que: “Para chegar à primeira encosta depois de Guaratinguetá subia-se o curso de um dos afluentes do Paraíba (talvez o ribeiro da Limeira)”. O talvez possibilita afirmar que a rota percorrida, de qualquer modo, era por essa região, ou seja, necessariamente seguia-se em direção a Piquete. Quanto ao afluente em questão, poderia ser alguns dos localizados nesta mesma rota, entre outros, o rio do Ronco. Para minha felicidade e consolidação de minhas convicções, deparei com a obra de Marcos Caetano Ribas (A HISTÓRIA DO CAMINHO DO OURO EM PARATY), que não contribui somente para a História de Paraty. Contribuiu indiscutivelmente para o resgate da auto-estima de um cidadão e um povo privado do acesso ao conhecimento de sua verdadeira História. Igualmente, privado do direito de apropriação dos valores que se constitui pela memória, especialmente na condição de filhos da Diáspora Negra, quanto à relevância socioeconômica de seus ancestrais, na formação Histórica de um lugar que veio a se chamar Piquete. O Resgate e a preservação da memória deve ser visto como valioso instrumento na construção de uma cultura de paz. Haja vista dos propósitos da UNESCO, voltado às inúmeras convenções sendo oportuno citar: a que trata da Diversidade Cultural e de Tutela do Patrimônio Imaterial. O valor compreendido no dever de memória, em alto nível, pela comunidade de Paraty, reinvidicando a condição de Patrimônio da Humanidade para o Caminho do Ouro, comprometido com a verdade stórica, renovam minhas esperanças. Ou seja, se Piquete a partir de Lorena foi excluído da condição de original caminho do Ouro, somente o compromisso de vocês com a verdade, a partir da perspectiva de ampliação da discussão, poderão corrigir e resgatar essa divida Histórica de forma irrestrita. Não sei se merecerei a atenção de vocês mais continuarei lutando contra os moinhos de ventos do ostracismo imposto ao meu direito e de minha comunidade de existir como agente e protagonista de sua própria História. Sérgio dos Santos.

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